quarta-feira, 20 de abril de 2022

MEMORIAL DO CONVENTO - adaptado

 Em homenagem a José Saramago e para que uma grande parte dos alunos ficasse a conhecer a obra "Memorial do Convento" a professora bibliotecária Anabela Quelhas redigiu uma adaptação com apoio da  equipa BE, para os alunos mais novos. O texto foi transformado em power point e vídeo pela professora Carolina Augusto que desenvolveu a sua apresentação em várias turmas  - 5º A, B, C, D, E, F, G e 6º E - cerca de 200 alunos, como consta nesta grelha.

ver aqui

A articulação com os diretores de turma, o apoio da educadora Linda Cristina na construção de uma miniatura da Passarola, a criação de vários materiais e estratégias de envolvimento para os alunos pela professora Carolina Augusto permitiu que tudo isto se tornasse realidade.


TEXTO ADAPTADO

“Memorial do Convento – adaptado” 

Era uma vez um rei chamado João. Vivia preocupado por não ter filhos a quem deixar o seu reino que se chamava Portugal.

Um dia, aconselhado por um frade, prometeu a Deus mandar construir um grande convento em Mafra, caso o sonho de ter um filho se tornasse realidade.

Passado um ano nasceu Maria Bárbara.

Diz a História que o rei era poderoso e rico, mas os pobres estavam cada vez mais pobres e os homens tornavam-se intolerantes para quem pensava de maneira diferente, castigando-os de uma forma violenta.

Um belo dia, no local onde habitualmente castigavam as pessoas, Baltasar e Blimunda conheceram-se e apaixonaram-se.

Blimunda Sete-Luas era uma jovem bonita, mas invulgar, quando estava em jejum via o interior das pessoas. Baltasar era maneta devido a um acidente de guerra e tinha um gancho e um espigão que substituam a mão esquerda.
Formavam um casal apaixonado, mas estranho para a época em que viviam, há mais de 300 anos.

Nesta época em que não havia automóveis, nem comboios, nem aviões, o rei João V decidiu cumprir a sua promessa, construindo o convento e, esvaziando os cofres reais.

Ao longo de 13 anos, as pessoas mais pobres, entre elas 20.000 camponeses e operários, construíram este gigante de pedras. Estas arrastadas com o suor, sacrifício, com muita fome e sede. Alguns entregaram até a sua própria vida!

Construíram um convento grandioso, com 1 200 divisões, mais de 4 700 portas e janelas, 156 escadarias e 29 pátios, feito de pedras arrastadas pelos homens, num país empobrecido e miserável.

Todos podemos conhecer o convento, mas nunca nos disseram nada sobre quem sofreu para o construir. Cristóvão, Daniel, Paulo, Geraldo, Isildo, Luís, Egas, Firmino, Manuel, António, Jacinto, Francisco, José, Joaquim, todos os nomes que possam imaginar pertencem aos homens que construíram este convento.
Os acidentes foram muitos e hoje nem sabemos quem morreu, quem sobreviveu e quem ficou aleijado. Sabemos que foram muitos e também sabemos que Baltasar também lá trabalhou.

No dia da inauguração do convento, Baltasar dirigiu-se para longe do mesmo para tentar reparar uma máquina voadora inventada pelo seu amigo Padre Bartolomeu Gusmão - um segredo bem guardado entre Baltasar, Blimunda e Bartolomeu, do sonho secreto e comum de poder inventar uma máquina que voasse.

- Quem não gostaria de voar?
Até nós sonhamos com isso! Verdade?
É a vontade e o sonho dos homens que segura as estrelas e nos faz voar.

Ao tentar consertar essa máquina que parecia um pássaro, o gancho que lhe servia de mão, soltou uma corda e, de repente, a máquina subiu com Baltasar dentro desafiando pássaros e anjos.

Assim andou nove anos a cruzar os céus e a segurar as estrelas. Certamente lá do alto, junto aos pássaros, olhava para baixo e via tudo mais pequenino: as pessoas, as casas e os animais. Era tudo mais bonito!

Blimunda andou o mesmo tempo à sua procura até que o encontrou onde o conheceu: no terreiro de Lisboa, o terreiro da intolerância dos homens, só que desta vez era Baltasar o castigado.
Vindo do céu, voando numa máquina estranha, a que chamaram passarola, assustou as pessoas cá em baixo. Por ignorância e temendo o desconhecido, pensaram que seria o diabo. Afinal era só Baltasar, homem inofensivo, seduzido pelo seu sonho de voar, apaixonado por Blimunda e trabalhador de pedras do convento.

Nunca sejas intolerante porque podes estar a eliminar o sonho de alguém!

.....

Segue-se o registo fotográfico de vários momentos




















O VÍDEO


No final os alunos responderam a um pequeno questionário para os ajudar a interiorizar conhecimento através da ferramenta

SELO DA LEITURA - um registo para memória futura a colar no caderno diário.





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